Terceirizados demitidos retomam atividades nos gabinetes dos Senadores

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Senado recontrata terceirizados para trabalhar menos, ganhar mais e servir senadores

Aos poucos, os 65 terceirizados readmitidos para trabalhar no Senado Federal retomam seus cargos em gabinetes de senadores. Contratados pela empresa Planalto Service, os funcionários assumem nova função contratual, que só vale no papel. Parte dos 512 demitidos em fevereiro, quando o Senado alegou intenção de cortar gastos, retorna aos mesmos postos, apesar de legalmente passar a ocupar vagas de apoio operacional (copa, limpeza), com salários maiores e carga horária menor. Na prática, assumem as mesmas funções administrativas nos gabinetes.
Um dos senadores que conseguiu trazer a funcionária de volta é o Inácio Arruda (PCdoB-CE). A moça havia sido demitida no início de setembro, mas voltou após o novo diretor-geral Helder Medeiros Rebouças assinar um termo aditivo contratando 65 terceirizados. A maioria deles foi demitida pela Servegel e conseguiu ser contratada pelo Planalto Service num acordo ainda mais atraente. Os mesmos prestadores de serviço custavam R$ 2 milhões à Servegel. Mas a Planalto conseguiu o dobro para remunerá-los: R$ 3 milhões anuais.
Levantamento publicado pelo Diário do Poder ontem (28) mostrou o aumento nos salários dos servidores recontratados. Dos 65 recontratados, 21 recebem remuneração de R$ 5.181, exatos R$ 503 a mais do salário de R$ 4.678 pelo mesmo serviço. Já os 43 que recebiam R$ 3.541, passaram a ganhar desde 18 de outubro remuneração de R$ 3.669. Até mesmo a lavadeira e passadeira que trabalha na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é contratada pela Planalto para prestar os serviços ao presidente
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