Os deputados Kelps Lima (Solidariedade), Raimundo Fernandes e Vivaldo
Costa (PROS) , pronunciaram-se contrários a um pedido de impeachment
para a governadora Rosalba Ciarlini solicitado pelo Sindsaúde, mas ainda
não protocolado na Assembleia Legislativa. “Esse é um assunto que deve
ser tratado com muito cuidado, já que um pedido de impeachment só deve
ser admitido quando tem embasamento jurídico”, disse o deputado do
Solidariedade.
De acordo com Kelps Lima, “o governo tem tido resultados muito ruins administrativamente, mas isso não justifica e poderá abrir precedentes perigosos para a democracia e amanhã um governante que queira fazer mudanças estruturais no Estado que contrarie interesses poderá ser vítima de alguma ação golpista”, disse ele, cujo raciocínio é compartilhado com Vivaldo Costa. “Essa história de impeachment é um aburdo. Não se faz isso com uma rosa”, brincou o chamado “papa jerimum” do Seridó.
Outro que se mostra contra um pedido de impeachment da governadora Rosalba Ciarlini é Raimundo Fernandes, do PROS. Liderado do presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta o deputado oestano diz que não vê motivos concretos para pedido de impeachment, assunto que ele considera complexo e polêmico. “No meu entendimento, não existem razões supervenientes que justifiquem um ato considerado extremo”, ressalta Raimundo Fernandes, acrescentando que qualquer decisão que venha a adotar, primeiramente ouve o seu partido, o PROS, presidido no Estado pelo deputado Ricardo Motta.
Um dos poucos defensores do pedido de impeachment da governadora, o deputado Nelter Queiroz entende que existem motivos para pedir o impedimento da atual gestão governamental. “Acredito ser viável diante da falta de gestão e precariedade nos serviços públicos como saúde e segurança pública. “Se a matéria chegar à Assembleia Legislativa vamos examinar”, disse Nelter Queiroz, que é um dos deputados mais críticos da atual administração estadual.