O
feriado dos Mártires de Uruaçu e Cunhaú foi decretado por uma lei
estadual Nº 8.913/2006, durante o governo de Wilma de Faria. Foram dois
massacres, que aconteceram em 1645, durante a invasão holandesa no
Brasil. Um foi na cidade de Canguaretama e outro foi em São Gonçalo do
Amarante.
Os mártires, no início do cristianismo, eram as pessoas que aceitavam a tortura e a morte no lugar de uma conversão forçada. Na história da Igreja Católica existem várias devoções a muitos homens e mulheres que supostamente tenham renunciado à vida em nome de sua fé religiosa. Muitos mártires não possuem registro histórico ou algo que possa provar a sua existência.
Antes de falar dos massacres, precisa comentar primeiramente sobre a vinda da Holanda ao Brasil. Portugal estava sendo administrada pelo rei Filipe II da Espanha e esse período ficou conhecido como União Ibérica. Logo, Portugal e Espanha pertenciam ao mesmo império.
A Holanda era uma das principais compradoras do açúcar do Brasil, antiga colônia lusa. Devido ao desafeto com a Espanha, o país neerlandês rompeu a sua parceria com Portugal. Por causa disso, criou a Companhia das Índias Ocidentais e foram para diversos países, incluindo as terras tupiniquins, com o objetivo de dominar o mercado açucareiro.
Os holandeses chegaram ao nordeste brasileiro e conquistaram Pernambuco. “A invasão foi bem sucedida, e após os primeiros conflitos violentos, ocorreu uma longa trégua entre a população local e os holandeses, o que possibilitou a reconstrução dos engenhos e a retomada da produção açucareira, com exploração exclusiva da Companhia das Índias Ocidentais”, disse Andreia.
Porém, a Holanda queria conquistar mais terras brasileiras e em 1633, após uma tentativa fracassada, conseguiu invadir a capitania do Rio Grande, que não havia uma forte produção de açúcar como Pernambuco.
Enquanto a capitania pernambucana recebia investimentos do governo holandês, as demais capitanias serviram apenas como postos de abastecimento ou pontes para a conquista e manutenção dos outros territórios.
Por causa do pouco desenvolvimento econômico, a presença holandesa concentrou-se na sua defesa, por ser a área mais próxima da Europa e estrategicamente melhor posicionada para combater qualquer tentativa de retomada do território pela coroa ibérica.
Os mártires, no início do cristianismo, eram as pessoas que aceitavam a tortura e a morte no lugar de uma conversão forçada. Na história da Igreja Católica existem várias devoções a muitos homens e mulheres que supostamente tenham renunciado à vida em nome de sua fé religiosa. Muitos mártires não possuem registro histórico ou algo que possa provar a sua existência.
Antes de falar dos massacres, precisa comentar primeiramente sobre a vinda da Holanda ao Brasil. Portugal estava sendo administrada pelo rei Filipe II da Espanha e esse período ficou conhecido como União Ibérica. Logo, Portugal e Espanha pertenciam ao mesmo império.
A Holanda era uma das principais compradoras do açúcar do Brasil, antiga colônia lusa. Devido ao desafeto com a Espanha, o país neerlandês rompeu a sua parceria com Portugal. Por causa disso, criou a Companhia das Índias Ocidentais e foram para diversos países, incluindo as terras tupiniquins, com o objetivo de dominar o mercado açucareiro.
Os holandeses chegaram ao nordeste brasileiro e conquistaram Pernambuco. “A invasão foi bem sucedida, e após os primeiros conflitos violentos, ocorreu uma longa trégua entre a população local e os holandeses, o que possibilitou a reconstrução dos engenhos e a retomada da produção açucareira, com exploração exclusiva da Companhia das Índias Ocidentais”, disse Andreia.
Porém, a Holanda queria conquistar mais terras brasileiras e em 1633, após uma tentativa fracassada, conseguiu invadir a capitania do Rio Grande, que não havia uma forte produção de açúcar como Pernambuco.
Enquanto a capitania pernambucana recebia investimentos do governo holandês, as demais capitanias serviram apenas como postos de abastecimento ou pontes para a conquista e manutenção dos outros territórios.
Por causa do pouco desenvolvimento econômico, a presença holandesa concentrou-se na sua defesa, por ser a área mais próxima da Europa e estrategicamente melhor posicionada para combater qualquer tentativa de retomada do território pela coroa ibérica.
Uma das provas que os holandeses, que invadiram a capitania
rio-grandense, não realizaram o mesmo tratamento feito na capitania
pernambucana foi através de dois massacres que aconteceram em 1645. Na
época, o Rio Grande era dominado pelo alemão, que estava servindo a
Holanda, Jacob Rabbi.
O primeiro crime aconteceu no dia 16 de julho, no Engenho Cunhaú (hoje, Canguaretama). Rabbi era conhecido pelos moradores do engenho, pois ele já havia passado por lá e sempre destruía os locais que andava e por estar escoltado por índios Tapuias.
No dia do massacre, Jacob Rabbi fixou um edital na porta da igreja Nossa Senhora das Candeias que avisava que haveria algumas ordens do governo holandês após a missa. Ele estava acompanhado de soldados holandeses e indígenas da tribo dos Potiguares e Tapuias. Segundo a Arquidiocese de Natal, no momento em que o Padre André de Soveral levantou a hóstia, as portas da igreja foram fechadas e os holandeses invadiram o local e mataram os 70 fiéis e o sacerdote.
Três meses depois, em 03 de outubro de 1645, aconteceu um novo massacre, sendo na comunidade de Uruaçu, localizado onde hoje fica o município de São Gonçalo do Amarante. O morticínio também era organizado por Jacob Rabbi e feito de forma semelhante ao que aconteceu no primeiro acontecimento, segundo os dados da arquidiocese. O padre Ambrósio Francisco Ferro foi torturado pelos holandeses e o fiel, Mateus Moreira, teve o seu coração arrancado. Mais 78 pessoas também morreram.
Alguns historiadores afirmam que os holandeses só realizaram essas chacinas por motivos religiosos, visto que a população das duas comunidades era católica e eles eram protestantes. Mas, há quem acredite que os dois atos realizados foram movidos a motivos comerciais, pois não havia um projeto de conversão ou evangelização segundo os moldes do protestantismo, pelo contrário, existem muitos exemplos de tolerância religiosa, mesmo nas áreas totalmente dominadas como Olinda e Recife.
Por motivos religiosos ou não, no dia 5 de março de 2000, o Padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira, o Padre André de Soveral e mais 27 pessoas foram beatificados pelo Papa João Paulo II. O processo de beatificação foi aberto em 15 de maio de 1988.
Atualmente, os mártires são lembrados em duas datas, no dia 16 de julho em Canguaretama, e dia 03 de outubro em São Gonçalo do Amarante. Existem também lugares de romarias e peregrinações, como a Capela dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu em São Gonçalo do Amarante, o Santuário dos Mártires, no bairro Nossa Senhora de Nazaré em Natal, e a capela de Nossa Senhora das Candeias, no antigo engenho de Cunhaú.
O primeiro crime aconteceu no dia 16 de julho, no Engenho Cunhaú (hoje, Canguaretama). Rabbi era conhecido pelos moradores do engenho, pois ele já havia passado por lá e sempre destruía os locais que andava e por estar escoltado por índios Tapuias.
No dia do massacre, Jacob Rabbi fixou um edital na porta da igreja Nossa Senhora das Candeias que avisava que haveria algumas ordens do governo holandês após a missa. Ele estava acompanhado de soldados holandeses e indígenas da tribo dos Potiguares e Tapuias. Segundo a Arquidiocese de Natal, no momento em que o Padre André de Soveral levantou a hóstia, as portas da igreja foram fechadas e os holandeses invadiram o local e mataram os 70 fiéis e o sacerdote.
Três meses depois, em 03 de outubro de 1645, aconteceu um novo massacre, sendo na comunidade de Uruaçu, localizado onde hoje fica o município de São Gonçalo do Amarante. O morticínio também era organizado por Jacob Rabbi e feito de forma semelhante ao que aconteceu no primeiro acontecimento, segundo os dados da arquidiocese. O padre Ambrósio Francisco Ferro foi torturado pelos holandeses e o fiel, Mateus Moreira, teve o seu coração arrancado. Mais 78 pessoas também morreram.
Alguns historiadores afirmam que os holandeses só realizaram essas chacinas por motivos religiosos, visto que a população das duas comunidades era católica e eles eram protestantes. Mas, há quem acredite que os dois atos realizados foram movidos a motivos comerciais, pois não havia um projeto de conversão ou evangelização segundo os moldes do protestantismo, pelo contrário, existem muitos exemplos de tolerância religiosa, mesmo nas áreas totalmente dominadas como Olinda e Recife.
Por motivos religiosos ou não, no dia 5 de março de 2000, o Padre Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira, o Padre André de Soveral e mais 27 pessoas foram beatificados pelo Papa João Paulo II. O processo de beatificação foi aberto em 15 de maio de 1988.
Atualmente, os mártires são lembrados em duas datas, no dia 16 de julho em Canguaretama, e dia 03 de outubro em São Gonçalo do Amarante. Existem também lugares de romarias e peregrinações, como a Capela dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu em São Gonçalo do Amarante, o Santuário dos Mártires, no bairro Nossa Senhora de Nazaré em Natal, e a capela de Nossa Senhora das Candeias, no antigo engenho de Cunhaú.