O deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados, Henrique
Alves (PMDB) descartou novamente o seu nome para o pleito de 2014 na
chapa majoritária e confirmou diálogo do PMDB com outros partidos. "Não
sou candidato ao Governo. Eu Fico honrado com a pressão boa do partido,
mas alcancei o espaço do Rio Grande do Norte em relação a cenário
nacional que vai
ajudar em qualquer momento, seja agora, seja na próxima eleição. Eu já
decidi a candidatura a deputado federal e não
volto atrás", comentou Henrique.
As declarações do deputado
Henrique Alves (PMDB) foram feitas ao jornalista Diógenes Dantas no
programa RN Acontece da Band nesta sexta-feira (11). Sobre os nomes do
PMDB para a sucessão estadual, Henrique disse que os nomes estão sendo
avaliados e que o mais importante nesse momento é construir o projeto
para o Estado.
"Estamos trabalhando no projeto para o Rio
Grande do Norte. Não adianta pensar em nomes, até porque não existirá um
'salvador da pátria', mas um projeto irá dar condição de
resolver os graves problemas do RN", justificou.
Sobre as
declarações do deputado José Dias (PSD) de que os partidos do Rio Grande
do Norte esperam a posição do PMDB, Henrique disse que o momento do
diálogo chegará. "É um reconhecimento da força do PMDB no Estado, um
partido que tem capilaridade em todas as regiões. Ainda não é a hora de
discutir se será Garibaldi, Walter Alves ou Fernando Bezerra ou se o
interlocutor do projeto do PMDB será outro. Vamos inverter esse
processo: pensar primeiro no projeto e depois pensamos no candidato",
comentou.
Questionado sobre a prioridade do PMDB em discutir
eleições proporcionais, Henrique pontuou. "A eleição passa muito pela
base proporcional. A candidatura de
governador tem que ser pensado junto com os que vão buscar os votos do
eleitor, para termos mais segurança no projeto", frisou.
Durante a
entrevista, Henrique comentou sobre a crise administrativa e na gestão
do Rio Grande do Norte. "Está na hora do Rio Grande do Norte dá um grito
pelo desenvolvimento como fez a Bahia, Ceará, Pernambuco. Governar é
ter equipe, reconstruindo a economia", justificou.
O governo Rosalba Ciarlini (DEM) também foi comentado pelo presidente
da Câmara. "Acho que o processo [governo] está sendo mal conduzido.
Fizemos uma proposta no início desse ano de um conselho político que
ajudaria também no administrativo com nomes como Garibaldi, José
Agripino, João Maia, Ricardo Motta e não deu certo. Esse é um governo
que se fechou", detalhou.
Após o rompimento, Roslaba Ciarlini
(DEM) deu declarações à imprensa afirmando que havia se decepcionado
com o PMDB. Sobre o assunto, Henrique declarou. "Me custa acreditar que a
governador pense isso. O Rio Grande do Norte é testemunha do meu
esforço e do PMDB. Essa declaração dela foi infeliz", contou.
O
cenário da política nacional também foi comentado por Henrique que
acredita que para Dilma Rousseff (PT) a união de Marina Silva (PSB) à
Eduardo Campos (PSB) vai ajudar na reeleição da presidente no primeiro
turno. "Agora Dilma só irá disputar com Aécio e com Eduardo Campos e
para ela [Dilma Rousseff] ficou menos difícil porque ela terá um
adversário a menos", destacou.
A declaração do ex-presidente
Lula - de que o PT não poderá se se aliar ao PSB nos estado - também foi
comentada pelo presidente da Câmara. "Não podemos isolar o PSB. As
realidades estaduais são diferentes da nacional", contou.
No
final da entrevista, o presidente da Câmara falou ainda sobre o Pacto
Federativo, o voto aberto, o projeto de maioridade penal, os protestos
dos jovens no Brasil e ainda o Orçamento Impositivo. "O orçamento
impositivo pode ser votado na próxima semana".
Fonte: Nominuto