Os meteorologistas do
Nordeste estiveram reunidos ontem na última reunião de análise climática
para o leste da região. A reunião aconteceu no Recife (PE), e contou
com representantes da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) e
dos centros de meteorologia de outros seis estados. Infelizmente a
previsão para os próximos três meses não é animadora: “chuvas abaixo da
média” em quase todo o Nordeste.
O boletim divulgado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima
(Apac), avalia as chuvas que caíram no Nordeste brasileiro no mês de
fevereiro. “Para o período de abril a junho de 2013 a previsão de
consenso é de chuvas variando de normal a abaixo da média histórica para
o setor Leste do Nordeste brasileiro, e permanência de chuvas abaixo
da média nas demais áreas do Nordeste”.
Contudo, os meteorologistas também relataram, no documento, que “não
está descartada a possibilidade de ocorrências de chuvas de intensidade
moderada a forte, com alta variabilidade temporal e espacial em áreas da
Região Nordeste, sendo de fundamental importância o monitoramento
contínuo das condições atmosféricas sobre a região e as condições
oceânicas e atmosféricas globais”. Isso deverá ocorrer principalmente em
Alagoas e Sergipe.
No Rio Grande do Norte, choveu em 13 municípios entre as 7h da manhã
de quarta e as 7h da manhã de ontem, segundo boletim divulgado pela
Emparn. As maiores precipitações foram registradas em Frutuoso Gomes, no
Alto Oeste (15 milímetros), e em São Fernando, no Seridó (14,7
milímetros).
O relatório traz detalhes sobre as condições meteorológicas que
motivaram a previsão. “Anomalias negativas” foram registradas por causa
do “posicionamento mais ao Norte da Zona de Convergência Intertropical
(ZCIT)”. A ZCIT é o principal sistema meteorológico responsável pela
ocorrência de chuvas no semiárido nordestino. A próxima reunião de
análise climática dos meses de julho a setembro será realizada em
Alagoas, sob a coordenação do Departamento de Meteorologia de Alagoas
(DMET).
Tribuna do Norte