Acordão entre Alves e Wilma de Faria só beneficia a "guerreira"

A sugestão dada neste final de semana pelo ex-ministro Raul Jungmann (PPS-PE) para o presidente da Câmara e presidente estadual do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), e para a vice-prefeita de Natal e presidenta estadual do PSB, Wilma de Faria, no sentido de formalizarem uma aliança com vistas as eleições majoritárias no Rio Grande do Norte só beneficiaria a “guerreira”. Jungmann fez a sugestão aos dois políticos ao participar neste sábado (23) em Natal do Congresso Estadual do PPS. Claro está aí que seria Henrique para governador e Wilma para o Senado.
Todos sabem que mistura de óleo com água nunca deu certo. É o caso de unir Alves e Wilma de Faria. Outra: o presidente da Câmara, embora que viva um grande momento no plano nacional – já esteve melhor antes do episódio do avião da FAB – sofre uma grande rejeição por parte do eleitorado potiguar. Talvez e certamente antes do episódio do avião oficial Henrique Alves poderia até pensar em se candidatar ao governo – e pensava sim -, mas agora fica difícil. Já Wilma, com todo o desgaste dos escândalos ocorridos em seus dois governos, mesmo assim, ainda desponta em primeiro lugar para o governo do estado, e no caso de uma aliança com os Alves será beneficiada com uma candidatura ao Senado. O seu discurso contra o governo Rosalba (DEM) vem rendendo votos.
Contudo, o PT está a espera de um posicionamento oficial do PMDB. No plano nacional o PMDB não é só aliado como também governo, com Michel Temer (SP), sendo vice-presidente da República e já com compromisso firmado de ser o vice novamente de Dilma Ruosseff (PT) na sua investida a reeleição. Como ficaria o PMDB papa-jerimum diante da sugestão de Raul Jungmann, que hoje faz oposição ao governo? Difícil a explicação a ser dada pelo ministro Garibaldi Alves e pelo próprio presidente da Câmara à presidenta Dilma e ao próprio PT.
É claro que Wilma deseja sim uma aliança com os Alves. Para tanto vem atuando nos bastidores. Henrique já lhe ofereceu as condições para no caso dela sair candidata a deputada federal, inclusive com um jurídico a sua disposição, conforme declarou o ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) ao jornalista Diógenes Dantas. Mas ela quer mesmo é o céu do Senado.
Mas, havendo o acordão não restará ao PT do Rio Grande do Norte sair com chapa puro sangue com o deputado estadual Fernando Mineiro para governador e a deputada federal Fátima Bezerra para o Senado. Corre risco? Corre, claro, mas da mesma forma Henrique e Wilma correm risco. Enquete realizada pelo blogdobarbosa apontou que num caso de um acordão a chapa puro sangue petista tem apoio do eleitor.

Fonte: Coluna do Barbosa/Nominuto
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