A Câmara dos Deputados adiou nesta quarta-feira (27) a decisão sobre o
pedido de aposentadoria por invalidez do deputado federal José Genoino
(PT-SP).
Parecer de uma junta médica da Casa formada por quatro cardiologistas
concluiu que o petista não é portador de “cardiopatia grave” que o
torne impossibilitado de trabalhar em caráter definitivo. Ele será
reavaliado em 90 dias, período em que continuará licenciado.
O parecer representa a posição atual da Câmara e não precisa ser
ratificado pelo presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
porque se refere a um processo administrativo ainda em andamento. Alves
só teria que tomar alguma decisão caso o laudo concluísse
definitivamente pela concessão ou recusa do benefício.
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O laudo da Câmara complica ainda mais a situação do petista, que com a ajuda de seu partido trabalhava para conseguir o benefício como forma de barrar a instalação do processo de cassação de seu mandato, o que pode acontecer na semana que vem.
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O laudo da Câmara complica ainda mais a situação do petista, que com a ajuda de seu partido trabalhava para conseguir o benefício como forma de barrar a instalação do processo de cassação de seu mandato, o que pode acontecer na semana que vem.
Genoino começou no dia 15 a cumprir a sua pena de 6 anos e 11 meses decorrente da condenação no processo do mensalão.
Aos 67 anos, Genoino realizou no meio do ano uma cirurgia de correção
da aorta, a principal artéria do corpo humano, e paralelamente ao
pedido da Câmara, também tenta obter do STF (Supremo Tribunal Federal) a
autorização para cumprir sua pena em casa.
Em setembro, ele entrou com pedido de aposentadoria na Câmara, mas a
junta médica destacada para avaliar seu caso disse que era necessário
uma nova bateria de exames após quatro meses para ter um diagnóstico
mais preciso sobre a evolução da cardiopatia do deputado.
Ao começar a cumprir sua pena de prisão no último dia 15, porém,
Genoino entrou com pedido de antecipação da resposta como forma de
evitar a abertura de seu processo de cassação. O destino do mandato do
deputado é fruto de controvérsia entre a Câmara e o Supremo.
Fonte: Folha de SP