Apontado por aliados como opção para o Ministério da Saúde, Ciro
Gomes (Pros) ainda é uma dúvida no Palácio do Planalto. Hoje, num evento
em Fortaleza, Dilma fez um longo elogio ao ex-ministro e lembrou que os
dois foram colegas no governo Lula.
Há um grupo que defende a nomeação de Ciro para o lugar de Alexandre
Padilha na reforma ministerial. Nessa função, Ciro teria um cargo de
visibilidade e poderia funcionar como uma espécie de “atirador de elite”
da campanha, principalmente se for necessário um ataque mais forte à
candidatura do governador Eduardo Campos (PSB-PE).
Para interlocutores de Dilma, como secretário de Saúde do Ceará, Ciro
não tem visibilidade nacional necessária para ser uma espécie de
contraponto ao socialista Eduardo Campos.
Mas há um grupo que não deseja Ciro no primeiro escalão de Dilma. “A
presidente não pode nomear um ministro que, depois, não possa demitir”,
observou outro interlocutor da presidente.
A principal resistência ao nome de Ciro para a Saúde é do grupo do
ministro Alexandre Padilha. Alguns petistas ensaiam uma solução
intermediária: a indicação de Ciro para a coordenação política da
campanha de Dilma e a garantia de que o governador Cid Gomes assumiria
um ministério num eventual segundo governo Dilma.
Em tempo: Ciro Gomes chegou a ser sondado nas últimas semanas.
Mas em conversas reservadas, Ciro tem dito que não quer assumir um
ministério. E que aceitou ser secretário estadual da Saúde por causa do
Ceará.
Globo.com