Ao confirmar a candidatura à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao site da revista Bzzz,
 o chefe do Gabinete Civil, Carlos Augusto Rosado, deixou claro que a 
sua esposa não teme o desgaste que está sofrendo diante do eleitorado 
potiguar. Segundo Carlos Augusto, ele respeita as estatísticas, mas 
acrescenta que em política nada é impossível. Dias atrás perguntei à 
governadora no twitter se ela era candidata a reeleição, Resposta: 
“sobre eleições só falo no próximo ano”.
Mas, como quem está 
falando é o seu marido, e como dizem as más línguas quem decide tudo por
 Rosalba é Carlos Augusto, respeitemos, pois, a sua declaração. Com 
isso, temos agora dois candidatos a governador. A própria governadora 
candidata a reeleição e o vice-governador Robinson Faria (PSD), rompido 
com o governo desde o início. Há de se dizer agora que existem um 
candidato governista e um candidato oposicionista.
Resta saber 
agora qual será a posição do PMDB dos Alves que afirma que terá 
candidatura própria e nada de dizer quem será o seu candidato, embora 
três nomes da família estejam sendo especulados. O do ministro Garibaldi
 Alves, o do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e o do 
deputado estadual Walter Alves, filho de Garibaldi. Na mesa ainda os 
nomes do ex-governador Geraldo Melo e do ex-senador Fernando Bezerra. 
Com tantos nomes assim ainda se fala que o PMDB poderá abdicar de uma 
candidatura ao governo e apoiar Robinson Faria, sendo mais uma vez 
coadjuvante numa eleição majoritária para o governo do estado.
Repito
 o que venho dizendo há tempos: acho que se a vice-prefeita de Natal, 
Wilma de Faria (PSB), sair candidata novamente ao governo, ao PMDB resta
 lançar Garibaldi a governador. O PSB nacional já pressiona Wilma por um
 palanque nas eleições de 2014 no estado. Contudo, as indecisões do PMDB
 e até mesmo do PSB levam a que Robinson Faria, agora com a candidatura a
 reeleição de Rosalba divulgada, tome pra si o único candidato de 
oposição já com o bloco na rua. Se souber tirar partido disso pode levar
 vantagem sobre os outros eventuais concorrentes que insistem em 
vacilar. As eleições estão as portas.
Com a governadora Rosalba 
Ciarlini candidata a reeleição e Robinson Faria, o eterno candidato, 
único até o momento a representar a oposição, e com o seu partido já 
tendo anunciado oficialmente o apoio a reeleição da presidenta Dilma 
Ruosseff (PT), é possível até uma chapa unindo Faria para governador e a
 deputada federal Fátima Bezerra (PT) para o Senado, e até mesmo o PMDB 
apoiando esta chapa, diante do vacilo em não oficializar um nome até o 
momento para concorrer ao governo.
Wilma de Faria neste caso 
ficaria isolada com uma candidatura solo ao governo ou ao Senado. Mais 
provável, neste caso, até a senatória, já que o seu partido terá 
candidatura própria à sucessão presidencial com o governador Eduardo 
Campos (PE). Mas nunca descartando uma candidatura a deputada federal. 
Wilma sabe jogar o jogo político como ninguém
Fato é que o anúncio
 do marido da governadora de que ela será candidata a reeleição, mesmo 
com todo o desgaste, começa a favorecer Robinson Faria. Pelo menos é o 
único a assumir oficialmente a oposição ao governo do DEM com sua 
pré-candidatura ao governo.
O tabuleiro da campanha sucessória no 
Rio Grande do Norte começa a se mexer antes mesmo do veraneio chegar. A 
governadora aposta nas obras da Copa para deslanchar o seu projeto de 
reeleição e Robinson joga todas as cartas como único candidato de 
oposição até agora apostando no desgaste da democrata.
Daqui pra 
frente tanto o PMDB como o PSB terão que mexer suas pedras no tabuleiro.
 Por enquanto, cabe a Robinson Faria ser o candidato oposicionista.
A conferir!
Fonte: Coluna do Barbosa/Nominuto 
