Com
pauta focada na educação, estudantes fizeram hoje (27) uma marcha pela
Esplanada dos Ministérios. O movimento foi encerrado em frente ao
Congresso Nacional com manifestantes entrando no espelho d'água do
Congresso Nacional. A manifestação foi pacífica e reuniu participantes
de pelo menos seis estados, de acordo com a União Nacional dos
Estudantes (UNE), que organizou o movimento. A Polícia Militar calculou
que 3 mil estudantes tenham participado da marcha. A UNE estimava a
participação de aproximadamente 10 mil pessoas.
Temas relacionados
a direitos humanos e política também estavam entre as reivindicações.
Os estudantes se posicionaram contra a homofobia, a corrupção e pediram
uma reforma política que acabe com o financiamento privado de campanhas
eleitorais. A aprovação de um projeto de lei de iniciativa popular pela
democratização da mídia foi defendido.
Pedro Henrique Santos é
tesoureiro-geral da União Brasileira dos Estudantes (UBES) e veio de São
Paulo (SP) para apoiar a marcha. “Nosso foco central foi educação, mas
defendemos também a regulamentação da mídia para acabar com o monopólio e
a manipulação da informação. Não apoiamos a homofobia e o projeto da
'cura gay'”, disse.
Temas recorrentes na pauta dos movimentos em defesa da educação foram reforçados como a destinação dos royalties do
petróleo para a educação, a aprovação do Plano Nacional de Educação
(PNE) com a garantia de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para o ensino
público e o passe livre estudantil.
A estudante de ciências
sociais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Fafá Capela,
participou da passeata e destacou o momento político do país como
propício para buscar um ensino de qualidade. “As reivindicações são
nacionais e são temas que a nossa juventude levanta há muitos anos.
Entendemos que é esse um momento histórico para a juventude e para a
educação e é muito importante estar presente aqui neste momento”, disse.
Segundo ela, 30 pessoas vieram de Santa Catarina para participar da
manifestação.
Em frente ao Congresso Nacional, os policiais
fizeram um cordão de isolamento logo após o espelho d'água, ponto até
onde avançaram os estudantes.
Fonte: Nominuto