Jogadores da seleção da Espanha comemoram classificação na Arena Castelão. 
Esquema compacto
Sob o forte calor de Fortaleza, Espanha e Itália entraram campo 
dispostos a marcar logo nos primeiros minutos. Pedro, em uma jogada pelo
 lado direito do campo, bateu cruzado e levou perigo ao goleiro Buffon. 
Em seguida, De Rossi recuperou uma bola pelo meio, tocou para Gilardino.
 Ele deu belo passe para Giaccherini chutar e colocar a Azzurra no jogo.
Com um esquema que contava com uma linha de cinco homens da defesa e 
quatro no meio de campo, a Itália deixou claro que sua proposta era 
evitar a Fúria por perto de sua área. E evitou durante boa parte do 
jogo. Quem não contava com vários lances de perigo da Azzurra era o 
torcedor espanhol. Principalmente em bolas aéreas, os italianos tiveram,
 ao menos, duas grandes chances. Fora outras oportunidades que poderiam 
ter uma melhor finalização.
Na melhor oportunidade italiana no primeiro tempo, Maggio, livre na 
área, colocou a cabeça na bola e obrigou Casillas a realizar uma grande 
defesa. Antes, Marchisio também havia perdido uma chance clara. O camisa
 1 espanhol se destacou.
A Espanha, por sua vez, teve ótima chance com Fernando Torres. Após 
matar a bola na entrada da área, o atacante girou em cima da zaga e 
bateu cruzado com a perna esquerda. A bola passou perto da trave. E foi 
só.
Mudanças e desgaste com o calor
O segundo tempo veio com mudanças. Além de novos nomes em campo, 
times com posturas táticas diferentes. Cesare Prandelli sacou Bazargli e
 colocou Montolivo em campo. De Rossi, com isso, fez um papel de líbero.
 Já Del Bosque tirou David Silva e mandou Jesús Navas a campo. O 
objetivo era claro: atuar com dois homes abertos, Navas e Pedro, para 
tentar furar o bloqueio da Azzurra.
Em
 boa troca de passes pela direita, Navas recebeu bola de Fernando Torres
 e bateu cruzado. Buffon, bem colocado, defendeu e não deu rebote. Como a
 Itália continuava bem postada em campo, principalmente no sistema 
defensivo, Iniesta arriscou jogada individual e chutou sem direção. A 
Fúria tinha problemas para furar o bloqueio azul.
A Itália, jogando em casa por conta do apoio da torcida, seguiu 
buscando o gol principalmente em bolas aéras. O problema é que tanto 
para a Azzurra quanto para os espanhóis, o calor pesou. Ambas as equipes
 não aguentaram o ritmo forte do jogo e alguns jogadores pediram água em
 vários momentos. Mata e Marchisio substituíram Pedro e Aquilani, 
respectivamente.
Prorrogação
No primeiro tempo da prorrogação, os dois treinadores queimaram suas 
últimas substituições. Prandelli tirou Gilardino, que não fez boa 
partida, e deu chance a Giovinco. E Del Bosque colocou Javi Martínez no 
lugar de Fernando Torres, repetindo o esquema da Euro-2012, com dois 
volantes e sem homem de área. Martínez fez o falso camisa 9.
Giaccherini, em uma das melhores chances do jogo, acertou a trave 
após um belo chute. Casillas estava vendido na jogada. Na sequência, 
Piqué matou no peito dentro da grande área e chutou. A zaga afastou o 
perigo. E ainda teve uma boa chegada de Jordi Alba. Faltou pontaria ao 
lateral-esquerdo.
Chiellini jogado no gramado com câimbras: cena da entrega, do 
desgaste. Esgotados, os espanhóis correram para pedir água enquanto o 
italiano era atendido. Mas tiveram grande chance de matar o jogo em um 
chute de Xavi: Buffon falhou e a bola ainda bateu na trave. Dramático! O
 goleirão italiano ainda pegou chute cruzado de Navas. Mas a partida foi
 mesmo para os pênaltis.
Pênaltis
Equilíbrio no tempo real, na prorrogação e até nos pênaltis. Após a 
fase de cinco cobranças e cinco gols para cada lado, vieram as cobranças
 alternadas. Resultado: Espanha contou com o chute para fora de Bonucci,
 venceu por 7 a 6 e garantiu vaga na final da Copa das Confederações.
Ficha técnica
ESPANHA (7)0X0(6) ITÁLIA
Local: Castelão, em Fortaleza (CE)
Data-Hora: 27/06/2013, às 16h (de Brasília)
Árbitro: Howard Webb (ING)
Auxiliares: Darren Cann (ING) e Mike Mullarkey (ING)
Gols: não houve
Cartões amarelos: De Rossi (ITA), Piqué (ESP)
Cartões vermelhos: não houve
ESPANHA: Casillas, Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; 
Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro (Mata, 33'/2ºT), David Silva (Jesús 
Navas, 5'/2ºT) e Fernando Torres (Javi Martínez, 3'/1ºP). Técnico: 
Vicente Del Bosque.
ITÁLIA: Buffon, Maggio, Chiellini, Barzagli (Montolivo, intervalo) e 
Bonucci; De Rossi, Marchisio (Aquilani, 33'/2ºT), Pirlo e Candreva; 
Giaccherini e Gilardino (Giovinco, intervalo para a prorrogação). 
Técnico: Cesare Prandelli.