Policiais civis realizaram grande movimentação na Avenida Rio Branco e nas imediações da Assembleia Legislativa.
Os policiais civis agendam grande ato para este quarto dia
de greve, amanhã (9). Os agentes e escrivães saem da sede do Sinpol, em
Cidade Alta, em direção à Governadora, no Centro Administrativo, Lagoa
Nova, por volta das 9h, para tentar conseguir uma audiência com a
governadora Rosalba Ciarlini ou o chefe da Casa Civil, Carlos Augusto
Rosado.
A tentativa ocorre diante da suspensão do diálogo com a comissão
governamental na última segunda-feira (5) – dia inclusive que foi
aprovada a greve para o dia seguinte – uma vez que o secretário de
Administração Alber da Nóbrega, à frente do grupo estadual, disse que
não poderia avançar no diálogo com a categoria, uma vez que não tinha
autonomia para atender os pontos da pauta de reivindicações.
A
mobilização desta quinta-feira (8) na Assembleia Legislativa e ruas do
Centro da de Natal uniu agentes e escrivães aos servidores da saúde,
também em greve. Após passarem a manhã e parte da tarde ouvindo as
explicações dos secretários estaduais na casa legislativa, a respeito da
situação financeira do Estado, e receberem apoio dos deputados, eles
fizeram grande ato na Avenida Rio Branco. Com mãos dadas, eles
cantaram o hino nacional, conclamando motoristas e pedestres a se unirem
na luta pelo resgate do Rio Grande do Norte.O Sinpol reage a Portaria nº 183/2013, da Sesed/RN, do dia 07 de
agosto, e que foi publicada no Diário Oficial do Estado desta
quinta-feira (08). O art. 1º da medida define que “enquanto perdurar a
greve dos escrivães e agentes de Polícia Civil, os Boletins de
Ocorrências (BOs), deverão ser registrados por policiais civis,
emergencialmente e temporariamente com exercício nas seguintes unidades
policiais militares: em Natal, no quartel do Comando Geral da
corporação, no bairro do Tirol; e, no interior do Estado, nas sedes das
Delegacias Regionais de Polícia Civil e, na sua falta/indisponibilidade,
nos Batalhões de Polícia Militar (BPMs) e Companhias Independentes de
Polícia Militar (CIPMs)”.A portaria ainda esclarece que, “na hipótese de absoluta
indisponibilidade de policiai civil para lavratura dos BOs, fica o
delegado-geral da Polícia Civil, conjuntamente com o comandante-geral da
Polícia Militar, autorizados a designarem policial militar para
elaboração dos mesmos”.O Sinpol ressalta que a medida do secretário estadual de Segurança
Pública e Defesa Social (Sesed), Aldair da Rocha, sob o pretexto de
resguardar o interesse da população, fere a legislação e é uma afronta
às prerrogativas dos policiais civis. Tais procedimentos, portanto, não
possuem validade e poderão ser questionados na justiça.
Fonte: Nominuto