Embora
admita que a escolha do candidato de oposição ao Governo estadual será
apenas no próximo ano, o vice-governador Robinson Faria, presidente
estadual do PSD, confirma que não vislumbra outro cenário não seja sua
candidatura a esse cargo. Ele diz não temer um desfecho semelhante ao de
2010, quando foi preterido, na definição do candidato a governador pela
aliança política da qual fazia parte. “O quadro é diferente um pouco,
embora minha caminhada seja muito parecida. Estou buscando dar
continuidade ao projeto e viabilizar o meu nome. Porém, agora estamos no
arco de aliança da oposição, no qual, novamente, estou ao lado de Wilma
e espero estar junto com ela em 2014”, afirmou. Embora evite definir a
composição da chapa majoritária, o próprio Robinson Faria, questionado
sobre quem seria o vice, traça um cenário: “Vamos admitir um exercício,
se Wilma optar por disputar a Câmara Federal, o PSB, automaticamente,
fica com o direito de indicar o vice-governador porque, na acomodação,
estaria com Fátima Bezerra para o Senado e nosso nome para o Governo”.
Sobre o pleito 2014, as articulações políticas e a candidatura ao
Governo, Robinson Faria concedeu a seguinte entrevista à TRIBUNA DO
NORTE:
Robinson está decidido a concorrer ao Governo e diz não temer ser chamado de ansioso
Em
entrevista à TRIBUNA DO NORTE, a vice-prefeita de Natal, Wilma de
Faria, se colocou também em uma possível disputa ao Governo. Como o
senhor avalia esse posicionamento?
É muito legítimo Wilma, que governou o Estado durante oito anos, se posicionar desta maneira. Ninguém pode questionar o direito dela de colocar o seu nome para a ser analisado ao Governo, como também ela colocou para o Senado e Câmara Federal. É um direito legítimo. A oposição dialoga o tempo inteiro. Estamos conversando. Existem pessoas lembrando nas caminhadas o nome de Wilma, o que é perfeitamente natural. Como há também hoje, por parte nossa, do PSD, uma caminhada para viabilizar um projeto de Governo. O PSD não esconde de ninguém. Isso não gera conflito porque cada um tem seu direito de caminhar e, posteriormente, no momento da decisão, vamos dialogar porque somos partido de oposição ao Governo do DEM. O PSD, o PSB de Wilma, o PDT de Natal, o PC do B... Vamos dialogar. Esse grupo terminou unido no segundo turno de Carlos Eduardo. Eu venho defendendo há muito tempo que permaneça unido até 2014. Quero que, a partir desse grupo, possa surgir uma chapa majoritária. Com relação aos nomes, cada um vai fazer sua caminhada e, lá na frente, discutir a viabilidade, o arco de aliança. Isso é natural. Não tenho nada a questionar. Mas também, por outro lado, vou continuar minha caminhada que é um direito que eu tenho. Até porque já tentei viabilizar esse projeto em 2010, estou apenas dando continuidade a um projeto que foi adiado de 2010 para cá.
O senhor defende que essa aliança já seja feita no primeiro turno ou cada candidato seria testado para uma união no segundo turno?
Eu defendo que seja no primeiro turno, que ocorra um diálogo maduro, de muita sinceridade, de desarmamento e que possamos ter uma oposição unida. Não é interessante uma oposição dividida. Eu defendo que tenha o máximo de desarmamento, boa vontade, cooperação entre os partidos de oposição. Acho que isso é o caminho natural e lá na frente conheceremos quem serão os candidatos. Eu aposto muito no caminho natural da política.
É muito legítimo Wilma, que governou o Estado durante oito anos, se posicionar desta maneira. Ninguém pode questionar o direito dela de colocar o seu nome para a ser analisado ao Governo, como também ela colocou para o Senado e Câmara Federal. É um direito legítimo. A oposição dialoga o tempo inteiro. Estamos conversando. Existem pessoas lembrando nas caminhadas o nome de Wilma, o que é perfeitamente natural. Como há também hoje, por parte nossa, do PSD, uma caminhada para viabilizar um projeto de Governo. O PSD não esconde de ninguém. Isso não gera conflito porque cada um tem seu direito de caminhar e, posteriormente, no momento da decisão, vamos dialogar porque somos partido de oposição ao Governo do DEM. O PSD, o PSB de Wilma, o PDT de Natal, o PC do B... Vamos dialogar. Esse grupo terminou unido no segundo turno de Carlos Eduardo. Eu venho defendendo há muito tempo que permaneça unido até 2014. Quero que, a partir desse grupo, possa surgir uma chapa majoritária. Com relação aos nomes, cada um vai fazer sua caminhada e, lá na frente, discutir a viabilidade, o arco de aliança. Isso é natural. Não tenho nada a questionar. Mas também, por outro lado, vou continuar minha caminhada que é um direito que eu tenho. Até porque já tentei viabilizar esse projeto em 2010, estou apenas dando continuidade a um projeto que foi adiado de 2010 para cá.
O senhor defende que essa aliança já seja feita no primeiro turno ou cada candidato seria testado para uma união no segundo turno?
Eu defendo que seja no primeiro turno, que ocorra um diálogo maduro, de muita sinceridade, de desarmamento e que possamos ter uma oposição unida. Não é interessante uma oposição dividida. Eu defendo que tenha o máximo de desarmamento, boa vontade, cooperação entre os partidos de oposição. Acho que isso é o caminho natural e lá na frente conheceremos quem serão os candidatos. Eu aposto muito no caminho natural da política.
Alberto LeandroRobinson
Faria foi deputado estadual por 24 anos e nos últimos dois mandatos
exerceu a presidência da Assembleia. Atualmente, é presidente estadual
do PSD
O senhor afirmou que poderão vir outros nomes ao Governo pela oposição. Mas o senhor estaria disposto a abrir mão do projeto de disputar o Executivo e em que situação?
Eu sou contra, na política, a desfaçatez. Não quero aqui conceituar o comportamento de ninguém. Porém, sou contra a desfaçatez. O político tem que dialogar de forma aberta com a população e não é nenhum pecado você externar seu sentimento, seu desejo, de se colocar como um nome a um cargo no Estado. Eu me coloco e o PSD coloca o meu nome como um pré-candidato para viabilizar um projeto de candidato a Governo do Estado. Isso é uma posição clara minha: Estou tentando viabilizar o meu nome para ser candidato a governador. Mas eu nunca irei contra a realidade. Se eu, lá na frente, entender que não é o meu momento, lógico que não serei candidato por teimosia, por vaidade. Serei candidato apenas se eu entender , e meu grupo, que há uma viabilidade em 2014. Será feita a leitura através de pesquisa, consulta às bases, caminhadas com receptividade no meio da rua, que é o que estou fazendo agora. E isso tem sido muito bom, interessante, essa minha caminhada. Por onde eu passo encontro incentivo. Entendo também que, dos nomes colocados, o meu é o menos conhecido, porque nunca disputei uma eleição majoritária. Não tenho o recall que outros nomes têm. Nunca fui candidato a uma eleição majoritária. Eu fui a vice-governador, que não é protagonista de uma eleição. O candidato ao Governo é o protagonista. Grande parte do Estado ainda não conhece Robinson Faria, não conhece minha história, o que eu já fiz como deputado, como presidente da Assembleia. Não conhece minhas propostas, o que penso sobre o Estado. Eu vou ter um tempo para me apresentar para uma grande parte da população que ainda não me conhece, não sabe do meu perfil. Eu sei que isso é difícil, porque o Estado é muito grande. Mas estou motivado para ter essa oportunidade. Temos ainda uma caminhada para o Estado conhecer o meu trabalho, o que eu posso fazer. Na hora certa vamos discutir. Mas quero dizer que hoje: Eu vou adiante. E não estou com nenhuma preocupação que possa diminuir minha intensidade, minha motivação de representar e de dizer que estou buscando viabilizar o meu nome para o Governo do Estado.
Em 2010 o quadro era semelhante ao que está posto agora. O senhor tinha potencial para ser candidato a governador, mas terminou sendo candidato a vice da hoje governadora Rosalba Ciarlini. Qual a diferença que há agora para lhe fazer pensar que poderá ser diferente?
Em 2010 é uma história mais ou menos parecida com a de agora. Eu busquei ser candidato a governador, comecei a percorrer o Estado. Cheguei a ser o primeiro colocado nas pesquisas do sistema governista na época, que era liderado por Wilma de Faria. Tinham quatro nomes, o meu, o de João Maia, o de Carlos Eduardo e o de Iberê. Cheguei a mostrar a Wilma que o meu era o nome que tinha a melhor aceitação nas pesquisas. O primeiro nome era o meu, o segundo o de Carlos Eduardo, o terceiro de Iberê e o quarto de João Maia. A então governadora tinha conhecimento dessa pesquisa, eu mostrei para ela, propus que fizesse outra para escolher o nome. Mas ela não aceitou, terminou que eu me senti um pouco injustiçado, porque a minha candidatura era a mais bem aceita do grupo e eu não fui o candidato. Isso facilitou meu entendimento para compor a chapa com Rosalba. O quadro é diferente um pouco, embora minha caminhada seja muito parecida. Estou buscando dar continuidade ao projeto e viabilizar o meu nome. Porém, agora estamos no arco de aliança da oposição, na qual, novamente, estou ao lado de Wilma de Fraia e espero estar junto com ela em 2014.